domingo, 31 de maio de 2015

Outro Começar

Eram macias as tuas mão de sol
eram doces os teus olhos de água
de tudo teu bebeu o meu corpo
de tudo teu se perfumou até ao dia em que deixaste de ser-me.
Levou-te um qualquer levante à boleia do norte,
choveram-me os teus braços num regaço livre, já nu,
completamente nu de ti.
Choraram-se pedras aguçadas num oceano de mágoas,
até se desfazerem os medos de não ter
mais nada,
até se perderem na imensidão de outro ser
maior,
até se encontrarem
num outro começar. 

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