sábado, 20 de janeiro de 2018

Mehrdad ZaeriUm gato no colo que amassa, ronrona, amassa e olha para mim com olhos de gato e refila se me mexo muito.
Sou a poltrona do gato e não é suposto as poltronas mexerem-se. E vai que amassa mais até que encontra o sítio certo para fazer o ninho e os ninhos, esses também se querem quietos. Mas este ninho teima em se mexer.
E os amassos tornam-se mais duros e as unhas espetam-se e quase rompem a poltrona. Param os ronrons, intensificam-se as unhadas e a poltrona revira-se, o gato vai ao chão, o gato volta, a poltrona sossega, voltam os amassos.
Tenho sempre um gato no colo.

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